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O Brasil acaba de passar por uma
das crises mais drásticas da sua história, senão a pior. Muitos brasileiros
perderam o seu trabalho e estão lutando com todas as forças pela recolocação.
Dados do Ministério do Trabalho e do Emprego de dezembro de 2017 mostram que
aproximadamente 10 milhões ainda estão desempregados. Apesar das grandes
perdas, essa situação nos deixa algumas lições, afinal, toda situação vivida
nos é passível de ensinar algo.
O brasileiro
nunca foi um cidadão preocupado com o futuro. E isso quem diz é a OIT,
Organização Internacional do Trabalho, vinculada às Nações Unidas. A
preocupação maior sempre foi com o aqui e agora e não com o amanhã. Isso se
reflete nos baixos índices de escolaridade do país e da nossa cidade, já que em
terras de Portinari a situação não é muito diferente.
Dados oficiais
do MEC/ DIEESE de 2015 mostram que Brodowski é a cidade com o maior número de
analfabetos ou semianalfabetos da região. Isso tem uma influência muito grande
na geração de renda da cidade, atrapalhando o crescimento econômico. Estima-se
que a cidade perde entre 8 e 10 milhões de reais anuais por conta da falta de
leitura e escrita da população.
Outro fator
importante é o conhecimento de línguas estrangeiras, sobretudo a língua
inglesa. Menos de 0,5% da população consegue se expressar nesse idioma e apenas
0,013% possuem algum certificado internacional de inglês. Esses dados foram
levantados junto às instituições que aplicam as provas, como a Cambridge e o
TOEFL, por buscas em seus sistemas.
Há dois anos,
atuo como professor de Planejamento de Carreira e Sucesso Profissional no curso
de Administração de uma renomada universidade de Ribeirão Preto. Pode-se
afirmar que a falta de educação formal da nossa população é o fator principal
para um ponto culminante em tempos de crise: a empregabilidade. Há várias
definições para este termo, mas a de Chiavenatto, grande mestre das ciências
administrativas, nos é mais simples e direta: é o conhecimento que um indivíduo
dispõe de forma a se manter empregado no mercado de trabalho e de se atualizar
constantemente, por meio de processos formais, de maneira a aumentar seu valor
ao mercado, ou seja, requerendo mais dinheiro de seu chefe por suas
habilidades.
É ímpar
afirmar que principalmente depois dos anos 1990, o mundo passa por uma revolução
de grandes proporções. A era de ter mais para mandar mais está com seus dias
contados, em detrimento da era de quem sabe mais pode mais. Sendo assim, como
ficará nossa cidade neste cenário que se arquiteta? Só se vê jovens deixando as
escolas e quase nada se faz para melhorar a educação pública, principalmente.